Do vestibular de medicina à especialização: como trabalhar em UTI



A preparação para a carreira médica começa antes mesmo do ingresso na faculdade. A aprovação no vestibular de medicina é a primeira etapa que deve ser vencida. Depois disso, o próprio curso precisa ser encarado com muita seriedade e dedicação. O estudo e a atualização são investimentos constantes. Por fim, a escolha pela especialidade médica traz novos desafios ao médico.

 

Preparamos um material especial para ajudar nessa escolha. Aqui você encontra todas as informações sobre como se tornar um especialista em Medicina Intensiva. Saiba também como é a carreira, a rotina de trabalho e as perspectivas do mercado de trabalho nessa área.



Como se tornar um médico intensivista?

 

A Medicina Intensiva é uma das especializações mais recentes e só foi reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 1992. O intensivista é responsável pelos cuidados diretos com pacientes em estados mais críticos e que necessitam de todos os recursos possíveis para se reestabelecerem.

 

Existem duas maneiras de se tornar um intensivista: fazer a Residência Médica ou concluir o Programa de Especialização em Medicina Intensiva. É especialmente relevante dizer que é preciso que o curso seja credenciado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).

 

A Residência Médica dura dois anos e, como pré-requisito, é preciso que o profissional já seja formado em:

 

  •       Clínica Médica;
  •       Cirurgia;
  •       Cirurgia Geral;
  •       Anestesiologia;
  •       Infectologia;
  •       Neurologia.

 

Após cumprir as horas de Residência Médica, é preciso realizar uma prova de título de especialista da AMIB e se registrar no CRM como intensivista.

 

No caso da escolha por cursar a especialização, o aluno terá contato tanto com a teoria quanto com a prática. O ingresso é feito de duas formas. Por acesso direto, com duração de quatro anos, e por meio de títulos anteriores, com duração de dois anos. No último caso, é preciso que o médico tenha concluído Residência Médica ou especialização nas seguintes áreas:

 

  •       Clínica Médica;
  •       Anestesiologia;
  •       Cirurgia;
  •       Pediatria;
  •       Neurologia;
  •       Infectologia;
  •      Cardiologia.

 

Ao final do curso, é preciso realizar uma prova para receber a certificação de médico intensivista.


Como é a rotina de trabalho?

 

O trabalho na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exige muito conhecimento e dedicação dos médicos intensivistas. Em geral, esse tipo de profissional interage diretamente com enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e equipe responsável pela higiene do espaço. Com isso, é preciso que ele coordene as atividades que mantêm o funcionamento da UTI.

 

Os desafios são muitos. O profissional trabalha sob pressão, acumula grandes responsabilidades, promove o atendimento humanizado, lida diretamente com os familiares do paciente e precisa estar preparado para atender a qualquer emergência.

 

Sua rotina compreende enfrentar desafios como paradas cardíacas e respiratórias, septicemia, insuficiência renal aguda, monitorização hemodinâmica, cuidados perioperatórios, intoxicação exógena e envenenamento, problemas neurológicos, distúrbios eletrolíticos, emergências endocrinológicas, desordens da coagulação.

 

O intensivista cumpre sua rotina de trabalho em hospitais e clínicas, na maior parte do tempo, em UTIs gerais ou UTIs especializadas, como é o caso das unidades pediátricas, coronarianas ou reservadas para adultos.


Mercado de trabalho

 

As oportunidades são muitas, o mercado de trabalho é promissor e a demanda por intensivistas é bem maior que a oferta. No atual cenário, são pouco mais de 6,5 mil especialistas, segundo dados da Demografia Médica 2018.  

 

O número de leitos destinados às UTIs corresponde entre 20% e 40% do total de ocupação dos hospitais. Com a necessidade de atender esse volume de pacientes, os novos especialistas são absorvidos, rapidamente, pelo mercado.

 

Qual é o perfil do médico intensivista?


Para ter sucesso na área, é preciso que o médico tenha identificação com a rotina de trabalho e se sinta à vontade no ambiente hospitalar. Além disso, é importante que o profissional tenha habilidades para realizar procedimentos invasivos. Trabalhar sob pressão, ter tato e empatia para lidar com os familiares do paciente e saber abordar assuntos delicados, como a doação de órgãos e a suspensão do suporte de vida, são imprescindíveis.

 

A área é desafiadora, já que o profissional trata pacientes em estado crítico, com alto nível de debilidades, que precisa de cuidados minuciosos e intensos. Dessa forma, a tomada de decisão precisa ser rápida e segura.

 

Do vestibular de medicina à especialização

 

Os desafios da profissão começam na preparação para aprovação no vestibular de medicina. Para se tornar um bom médico, é preciso ter comprometimento com os estudos e atualização constante. A qualidade da formação acadêmica é a base para o trabalho que será realizado pelos futuros profissionais. Pensando nisso, a FAMINAS-BH desenvolveu o Laboratório de Treinamento de Habilidades e Simulação Realística (SIMULAB). Assim, nossos alunos têm uma preparação diferenciada para o atendimento aos pacientes.Conheça o SIMULAB e saiba como este recurso proporciona uma formação diferenciada. 




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